Rivais, ajoelhem-se para reverenciar a história construída pelo Corinthians
e a Fiel neste dia 16 de dezembro de 2012. Sem precedentes. Eterno. O time
formado por jogadores operários, o clube do povo e da apaixonada torcida que
cruzou o continente, pois tem o futebol no sangue e em seus pés. Sofrido,
suado, chorado, o Corinthians venceu o Chelsea por 1 a 0, em Yokohama, e deixou
de ser apenas Paulista como está escrito em seu centenário símbolo. O
Corinthians é do mundo. Bicampeão do mundo.
A conquista corintiana tem um herói em cada extremidade do campo. Na defesa,
Cássio cresceu acima dos seus 1,95m para criar uma nova categoria de milagres e
defender chutes de Cahill, Moses e Torres. O último, já perto do apito final.
No ataque, brilhou Paolo Guerrero. O mesmo Guerrero que foi dúvida para o
torneio. O mesmo herói da classificação nas semifinais. Agora, eternizado com o
gol de cabeça aos 23 minutos.
Assim como na taça da Libertadores, vencida diante do sempre temido Boca Juniors,
o Corinthians chega ao título contra um adversário poderoso. O Chelsea, símbolo
máximo do novo futebol comandado por mecenas do leste europeu ou das Arábias,
sucumbiu diante de um time determinado a vencer.
Herói, Guerrero solta
palavrão e dedica título ao 'bando de loucos'.
O herói
do segundo título mundial da história do Corinthians atende pelo nome de Paolo Guerrero.
Principal nome do ataque alvinegro diante do Chelsea, o atleta marcou aos 23
minutos do segundo tempo o gol que deu ao Timão a histórica conquista.
Ao apito
final do árbitro turco Cuneyt Cakir, o peruano explodiu em alegria. No primeiro
contato com jornalistas, soltou palavrão e dedicou a conquista ao "bando
de loucos" como ficou conhecida a torcida corintiana.
- Estou
feliz, o time jogou pra c... A gente tem muita qualidade, estou feliz pelo
grupo. (A torcida) é incrível, esse título é para eles. Todos eles merecem
tanta gente aqui e encheram o estádio. Esse título é para todo torcedor
corintiano que está aqui e no Brasil. É um bando de loucos, e todo mundo está
mundo louco agora. Vamos comemorar - afirmou à TV Globo ainda no gramado.
Já na
zona mista do estádio, o atacante voltou a repetir discurso de agradecimento ao
torcedor. Empolgado com o apoio da Fiel, Guerrero afirmou que a história de
sacrifícios que alguns torcedores fizeram para ir ao Japão motivou o elenco.
- Tivemos
uma despedida grande e chegamos ao Japão pensando que o torcedor corintiano
merece um campeonato assim. Mesmo aqui, víamos na televisão que tinha gente que
vendia carro, muita coisa, deixava emprego. Todas essas coisas, quando entramos
em campo, nós lembramos e pensando e dar tudo porque essas pessoas merecem uma
felicidade. E hoje pudemos dar essa felicidade - completou.
A ótima
atuação de Guerrero rendeu ao peruano o prêmio de terceiro melhor atleta da
competição - a Bola de Bronze. Apesar de descartar qualquer rótulo de herói da
conquista, o atacante revelou que havia sonhado com o momento.
-
Atacante tem de sonhar com isso. Sonhei que ia ganhar o título e fazer o gol.
Não podia falar antes de conseguir o objetivo, isso só se fala depois -
afirmou.
Pouco depois
da confirmação do título, torcedores começaram a aparecer na Avenida Paulista e
tomaram parte da pista no sentido Consolação, na altura da Rua Joaquim Eugênio
de Lima. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) foi chamada para organizar
o trânsito.
veja alguns deste momentos:
A torcidas sai as ruas comenôrando em toda parte do Brasil.
Logo após o jogo a faixa do Timão.
Da redação: Luiz Guimarães.
Fontes: Ibahia, Globoesporte,