As eleições de 2020 já agitam os bastidores da política em Petrolina, PE

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Nos Bastidores da Mídia – Protestos sem mudanças



A noite de segunda-feira, 17 de junho, registrou eventos que chamaram a atenção do mundo. A imprensa mundial esteve olhando para o Brasil e os brasileiros também não tiraram os olhos das ações realizadas em diversas cidades do país. A onda de protestos que começou por conta da alta na tarifa de transporte avança e toma corpo. Cerca de 240 mil pessoas foram às ruas em cidades importantes como Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Vitória, Maceió, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Fortaleza e Belém, além de diversas outras cidades. Mas há um frenesi incontrolável nas redes sociais, na imprensa, nas rodinhas de conversas – em quase todos os lugares – sobre os recentes movimentos reivindicatórios que acontecem nas principais cidades do Brasil. A nação verde-amarela, deitada em berço esplêndido, parece que “acordou” e cria-se a expectativa de uma nova era para os brasileiros. O desejo por um país melhor também aguçou os crentes, envolvidos em debates acalorados e, naturalmente, divididos. Uns a favor, outros terminantemente contrários à participação dos mesmos nessas manifestações públicas.
Já vi esse filme na década de 1980, no “Diretas Já” e, depois, nos anos 90, com os “caras-pintadas”, que resultou no impeachment de Fernando Collor. Aliás, o “filme” é bem mais velho. Corrupção, exploração e insatisfação com governantes, vêm de longe. Miquéias, por exemplo, viveu uns 700 anos antes de Cristo e já manifestava-se contundentemente sobre o desaparecimento da piedade e a opressão aos pobres. “Os piedosos desapareceram do país; não há um justo sequer” (Mq 7:2).
Habacuque, 600 anos antes de Cristo, pinta um quadro idêntico aos dos jornais de hoje e dos principais portais de notícias na internet. Corajoso, questionou o próprio Deus: “Até quando, SENHOR, clamarei eu, e Tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás? … Pois a destruição e a violência estão diante de mim; há contendas, e o litígio se suscita. Por esta causa, a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta, porque o perverso cerca o justo, a justiça é torcida” (1:1-4).
Habacuque não recebeu muitas explicações do Senhor (capítulo 2). Destaco, porém, a ênfase da garantia escatológica na resposta divina. O fim vai chegar no tempo determinado, tudo “se apressa para o fim e não falhará; se tardar, espera-o, porque, certamente, virá, não tardará” (2:3).
Quanto a Miquéias, perceba que a dor do profeta é a mesma do próprio Deus: “Deus olha lá dos céus para os filhos dos homens, para ver se há alguém que tenha entendimento, alguém que busque a Deus. Todos se desviaram… não há ninguém que faça o bem, não há nem sequer um” (Sl 53:2).
Para Habacuque o estímulo foi a confiança e perseverança: “o justo viverá pela sua fé” (2:4). O foco deveria estar mais alto, nas promessas de Deus! Já Miquéias, depois da manifestação verborrágica, acalmou sua expectativa “revolucionária”: “Quanto a mim, ficarei atento… esperando em Deus, o meu Salvador, pois o meu Deus me ouvirá” (7:7).
Vejo todas essas manifestações no meu querido Brasil com muito interesse e também com um sentimento de satisfação pelo “despertar” de um povo historicamente acomodado. Porém, seria inconsequente sugerir ou inferir aqui que os protestos – e até a luta armada, como pregam alguns – sejam a solução para as mazelas dos brasileiros ou da humanidade. O problema é beeem mais complexo e profundo. Tem que ver com mudança radical de coração [mente]. Novo nascimento. Nenhum governo ou ser humano conseguirá tal proeza. Mesmo que queiram. É uma questão de fé.
A simpatia por esses movimentos (sem a companhia da violência) não ilude meu coração de que o Brasil, ou qualquer outro país, será integralmente justo e igualitário. Não é pessimismo. É profético. Nossa Pátria é outra, “superior, uma pátria celestial” (Hb 11:16). Um novo tempo justo, perfeito, igualitário no mais absoluto sentido da palavra, isento de dor, sofrimento ou opressão de qualquer tipo.
Como brasileiro, devo buscar o melhor, lutar pelo melhor, defender não apenas os meus direitos como também os de meu próximo, preservar o meio-ambiente, ser um cidadão atuante e digno do lugar onde vivo, porém, o foco primordial deve estar finamente ajustado no que realmente vai fazer a diferença e a mudança. Agora, se isso aos meus olhos finitos demorar, vou esperar pacientemente, como Miquéias. E, atentíssimo, pela fé, como Habacuque! Afinal, não tardará!

 
fonte: novotempo.com

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Manifestantes já tomam conta das ruas de Juazeiro



Depois de ler uma carta na frente da Prefeitura de Juazeiro, os manifestantes fecharam a Ponte Presidente Dutra há poucos instantes. Mais de cinco mil pessoas participam do Movimento “O Vale Acordou”.
Agora, eles gritam “A Ilha é do povo!”, em protesto contra a ocupação da Ilha do Fogo pelo Exército. Os manifestantes também fizeram um minuto de silêncio na tentativa de chamar a atenção para o fechamento do local a visitantes. Em Petrolina, eles também deverão ler uma carta direcionada ao chefe do Executivo. (Fotos: Egberto Pereira)



Milhares de pessoas já tomam conta das ruas de Juazeiro. O movimento saiu da Praça da Bandeira por volta das 16h30. Neste momento, os manifestantes estão na Praça do Jacaré, no Centro da cidade.
De maneira pacífica e organizada, todos cantam: “O povo acordou, o povo decidiu, ou para a roubalheira ou paramos o Brasil”. (Fotos: Egberto Pereira)




Com cartazes, faixas e vestidos de branco, várias pessoas já estão concentradas na Praça da Bandeira, em Juazeiro, de onde sairão, daqui a pouco, até a Prefeitura da cidade e logo depois partirão até a sede do Executivo em Petrolina.
A manifestação foi organizada pelo Movimento “O Vale Acordou”. Segundo informações da Polícia Militar, cerca de cinco mil pessoas estão na praça neste momento. Os manifestantes já cantaram o hino nacional e estão organizando a saída. Na Orla de Petrolina, uma longa fila foi formada no ponto das barquinhas. (Fotos: Egberto Pereira)






Página lista deputados pernambucanos a favor da PEC 37



Uma página no Facebook está divulgando a lista dos deputados brasileiros que assinaram a PEC 37, popularmente conhecida como “PEC da Impunidade”. Em uma das publicações, a página elencou os parlamentares pernambucanos que se mostraram favoráveis à proposta. Até o momento, a listagem dos deputados locais já recebeu mais de dois mil compartilhamentos.

A PEC 37 define como competência “privativa” da polícia as investigações criminais. Em outras palavras, retira o poder de investigação criminal do Ministério Público, restringindo a atribuição às polícias civil e federal. Com isso, os procuradores poderão apenas solicitar ações no curso do inquérito policial e supervisionar a atuação da polícia.

Confira a lista:

1 – Augusto Coutinho (DEM)
2 – Gonzaga Patriota (PSB)
3 – Inocêncio Oliveira (PR)
4 – João Paulo (PT)
5 – José Augusto Maia (PTB)
6 – José Chaves (PTB)
7 – Mendonça Filho (DEM)
8 – Paulo Rubem Santiago (PDT)
9 – Pedro Eugênio (PT)
10 – Raul Henry (PMDB)
11 – Sérgio Guerra (PSDB)
12 – Sílvio Costa (PTB)
13 – Vilalba (PRB)

(Com informações do Blog da Folha).