As eleições de 2020 já agitam os bastidores da política em Petrolina, PE

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O que é democracia representativa


Para se entender todo esse emaranhado de “diferentes” partidos é necessário o recurso à historia das idéias políticas e a uma analise da sua trajetória e de sua composição, ou seja, quem são as suas lideranças e quais são os interesses que elas  defenderam e/ou defendem. Mas essa tarefa, às vezes, é bastante difícil. Talvez, mais adiante, você entenda o porquê dessa afirmação.

Em primeiro lugar, recorrendo-se à historia, podemos tentar dividir classicamente os partidos em DIREITA e ESQUERDA. Estes termos têm origem na Revolução Francesa (1787), refletindo a posição dos partidos políticos durante a Assembleia Nacional (convenção): à direita, sentavam-se os parlamentares da gironda representantes da alta burguesia, defensores sem tréguas da propriedade privada e da ampla liberdade para os negócios; à esquerda e ao alto, situavam-se os membros da montanha, conhecidos como lacobinos representantes da pequena  burguesia  e defensores dos direitos dos sans-coulottes e dos camponeses .

Os jacobinos eram tidos como  radicais, mas eram a favor da propriedade privada, desde que vinculada ao bem-estar social. Admitiam que o estado pudesse controlar de alguma forma a economia. Existia também um partido de CENTRO, a planície, que ainda era chamada jocosamente de pântano. Seus membros,  apesar de também representares a alta burguesia, tentavam mediar os conflitos entre a direita e a esquerda.

Da resolução francesa aos nossos dias,  virou uma espécie de “senso comum” relacionar a esquerda com o desejo de se lutar pela igualdade, pelos direitos dos trabalhadores e dos desfavorecidos. Portanto, os partidos socialistas e os comunistas passaram a ser entendido como de esquerda.

Já a direita ficou associada à elite econômica da sociedade capitalista, burguesia – àqueles que defendiam os seus interesses. Assim podem ser entendidos tanto os partidos liberais, como também aqueles que entediam que o capitalismo somente se tornaria viável através da intervenção econômica e do autoritarismo, com é caso dos partidos fascista e nazista.        

O chamado centro seria ocupado por aqueles partidos que tentaria conciliar as necessidades do capital com a preocupação com as diversas questões sociais e com a garantia de extensão dos direitos dos trabalhadores. Definindo dessa forma, poderíamos vincular historicamente o centro, por exemplo, àquela que ficou conhecida como a social-democracia européia. 

A esquerda, portanto, é aquela que luta pela reforma agrária, pela  distribuição de renda, por políticas de inclusão e de assistência  aos pobres e desvalidos,  por mais verbas e maior qualidade para  a saúde e a educação públicas, etc. É identificada como os partidos que propõe a mudança do status quo.

Já a direita pode ser nomeada como a defensora intransigente da propriedade privada (daí ser contra a reforma agrária), da privatização das empresas públicas (ou seja, a venda  de estatais lucrativas para os empresários nacionais e estrangeiros), da “liberdade” econômica (com o conseqüente livre fluxo do capital externo no pais), dos interesses das escolas particulares (mega-empresários da educação,que abrem uma faculdade em cada esquina) e da saúde privada (os empresários dos planos de saúde, cuja razão de ser é dada pelo “fracasso” provocado da saúde pública...),etc. É, pois,identificada com os partidos conservadores, preocupados em  preservar  a estabilidade do sistema político.
Paralelamente, o centro procuraria conciliar esses dois interesses antagônicos, propondo pequenas e pontuais reformas(ou, seguindo  a sabedoria popular, preferindo “entregar os anéis para não perder os dedos”). 
Como os partidos políticos na sociedade capitalista precisam eleger os seus representantes com o voto popular ( a grande maioria da população é composta pelos trabalhadores e pelos os pobres em geral, certo?), configura-se uma situação curiosa: num pais como o Brasil,por exemplo, nenhum partido se auto-intitula de direita...
Perfeitamente compreensível não?                                                                     

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe Seu Comentário.