Sob a ótica dos números da matemática em Petrolina.

Num artigo enviado ao Blog do Carlos Britto, o leitor Jaime Moura faz uma análise interessante sobre a reeleição do prefeito de Petrolina Júlio Lóssio (PMDB), sob a ótica dos números da matemática.

Confiram:

É importante que certas informações cheguem aos seus leitores.

À luz da legislação vigente não há o que se discutir: O sr. Júlio Lóssio foi eleito Prefeito de Petrolina. Não teve a aprovação da maioria dos votantes, mas ganhou.

Vejamos os números.

Petrolina tem inscrito 178.301 eleitores. Compareceram para votar 151.896 (58,19% dos inscritos), 26.405 (14,81% não compareceram para votação: não opinaram).

Destes 151.896 que compareceram, 8.446 (5,55%) eleitores anularam ou votaram em branco. Manifestaram-se contra a tese da recondução do atual governo municipal ou não concordaram com as propostas apresentadas por todos os candidatos para o futuro governo de Petrolina. Não se manifestaram favoravelmente ao atual governo, isto é fato.

1). 64.929 eleitores (42,75% dos que compareceram e votaram nominalmente) votaram pela prorrogação do atual governo municipal. Votaram em Júlio Lóssio para prorrogação do governo atual.

2). 78.521 eleitores (51,69% dos que compareceram e votaram nominalmente) votaram contra a prorrogação do atual governo municipal:

a). 46.635 (30,70% dos que compareceram e emitiram para mudança de governante) votaram em Fernando Filho;

b). 29.506 (19,43% dos eleitores que compareceram) emitiram opinião por troca do governo atual; votaram em Odacy Amorim e

c). 2.380 (1,57% dos compareceram) votaram por troca do governo atual. Votaram em Rosalvo.

Destes dados é possível concluir que a soma dos que votaram por trocar o atual governo, mais os que votaram em branco ou anularam seus votos (não concordaram ou discordam do atual processo), chega a 57,25% (86.967) dos eleitores que livremente compareceram às urnas no dia de ontem.

Júlio Lóssio foi eleito, é verdade, mas não com a maioria do eleitorado. Esta, a maioria, foi contrária à prorrogação de seu mandato.

Esta é a leitura matemática dos resultados.

Jaime Moura/Leitor

 

Fonte: Blog do Carlos Britto.