Isabela Abirached
Comunicação Flamengo
O clássico que começou 40 minutos do nada, segundo Nelson
Rodrigues, só foi decidido após os 40 minutos da etapa complementar. Apesar de
a Maior Torcida do Mundo, sensata, já saber quem seria o vencedor antes do
apito inicial – o mosaico avisou mais uma vez –, milhares de súditos, fazendo
sol, foram ver Fla-Flu e encheram o salão para celebrar mais uma coroação do
Rei do Rio.
O Mais Cotado nos Fla-Flus levantou a taça do Campeonato
Carioca pela 34ª vez na tarde deste domingo (7) - invicto - e manteve sua
hegemonia no estado. O dérbi aconteceu 26 anos depois da última decisão
estadual entre Flamengo e Fluminense com dois jogos decisivos, que terminou com
o Maestro Junior levantando a taça para o Mengão. Guerrero, artilheiro do
estadual com dez gols, praticamente decidiu ao empatar o jogo a minutos do fim
- mas ainda cabia mais um tento de
Rodinei, que fechou a conta e garantiu a virada e mais um presente para a sala
de troféus da Gávea. Mais de 68 mil pessoas foram testemunhas oculares de um
jogo do jeitinho que o Flamengo gosta – cheio de emoção, show da torcida, muita
entrega, vitória de virada e supremacia Vermelha e Preta na arquibancada e no
gramado.
O jogo
O Fluminense abriu o placar nos primeiros movimentos da
partida, mas o Flamengo não se abalou e teve maior volume ofensivo que o rival
durante toda a etapa. Éverton, aos 31 minutos, foi o autor da maior chance de
empate do Rubro-Negro, com lindo chute de fora da área, que obrigou Cavalieri a
espalmar para escanteio. O Fluminense também chegou com perigo por vezes, mas
errava a pontaria ou era interceptado pela defesa rubro-negra.
O segundo tempo começou com pressão do Flamengo, explorando
o flanco esquerdo com Berrío, Trauco e Éverton. Zé Ricardo mexeu, tirando
Berrío e Trauco para a entrada de Gabriel e Rodinei. O Mais Querido seguiu
dominando as ações e levou perigo com Guerrero. A grande oportunidade da etapa
foi com 30 minutos no relógio, quando Éverton cruzou com perigo dentro da área,
mas a bola ficou com Cavalieri. Nos ataques do Tricolor, Muralha levava a
melhor com boas defesas.
O jogo parecia encaminhado aos pênaltis, quando o artilheiro
do campeonato resolveu deixar sua marca. Aos 40 minutos, depois de confusão na
pequena área e no rebote do cabeceio de Réver, Paolo Guerrero balançou a rede
pela décima vez neste estadual e deixou a taça na mão do Flamengo. Mas antes do
apito final, o goleiro Cavalieri ainda foi expulso – depois de, sendo o último
homem, fazer falta em Rodinei. E não é que o lateral tomou gosto por balançar a
rede? Aproveitando o goleiro improvisado tricolor, Rodi fechou a conta tocando
na saída de Orejuela: 2 a 1 e muita, mas muita festa na favela.
DESTAQUE
Depois de três anos,
o Flamengo é novamente campeão carioca. O Rubro-Negro venceu o Fluminense por 2
a 1, de virada, neste domingo, no Maracanã, e chegou ao seu 34º título
estadual. E de forma invicta. A equipe tinha a vantagem, já que havia vencido o
primeiro jogo por 1 a 0, no último fim de semana. O Tricolor abriu o placar
logo aos três minutos de jogo com Henrique Dourado, mas, aos 39 do segundo
tempo, Gerrero fez o gol que garantiria a taça. Já com o Flu com um a menos,
Rodinei marcou o gol do título aos 50 minutos.
O último encontro da dupla Fla-Flu em uma final havia sido
em 1995, há 22 anos, quando o Tricolor ficou com o título depois de vencer por
3 a 2, com o famoso gol de barriga marcado por Renato Gaúcho.
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DESTAQUE
PÚBLICO E RENDA
Público: 68.165 presentes (58.399 pagantes)
Renda: R$ 3.242.130,00
18242
DESTAQUE
PRIMEIRO TEMPO
Em desvantagem, o Flu iniciou o jogo como tinha que ser,
pressionando. Deu certo. Logo aos três minutos, Sornoza cobrou escanteio,
Renato Chaves desviou e a bola sobrou para Henrique Dourado mandar de cabeça
para rede: 1 a 0. Só então o Flamengo começou a acordar e passou a ter mais
posse de bola - quase 70% - do que o Tricolor, que automaticamente passou a ter
uma postura mais conservadora. Renê e Everton tiveram duas boas chances para o
Rubro-Negro, mas não conseguiram aproveitar. O Flu levava perigo nas cobranças
laterais de Léo Pelé, que jogava a bola direto na área. Em uma delas, Henrique
teve a oportunidade, mas foi travado.
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DESTAQUE
SEGUNDO TEMPO
O Tricolor manteve a estratégia de buscar os contra-ataques,
e, apesar de ser o Fla a ter mais volume, foi a equipe de Abel Braga que
conseguia as chances mais claras. Guerrero, bem marcado, conseguia pouco
espaço. A emoção maior estava guardada para os minutos finais. Aos 39, Gabriel
cobrou escanteio, Réver mandou de cabeça, Cavalieri deu rebote e Gerrero chutou
forte para deixar o placar empatado em 1 a 1. O resultado dava o título ao
Flamengo, e Abel Braga colocou Marcos Junior e Pedro para fazer a pressão no
desespero. Não surtiu efeito. E ainda houve tempo para Diego Cavalieri ser
expulso. Ele era o último homem e fez falta dura em Rodinei, que o havia
driblado. Aos 50 minutos, o Fla deu o golpe final. Rodinei entrou na área e
chutou cruzado. Orejuela tentou, mas não conseguiu a defesa. A essa altura o
Maracanã já estava enlouquecido e ao grito de "É campeão!".
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DESTAQUE
RODINEI E A SEMANA ABENÇOADA
O lateral já havia sido importante na vitória do Flamengo
sobre a Universidad Católica no meio da semana, pela Libertadores, ao marcar um
gol na vitória por 3 a 1. No Fla-Flu decisivo do Carioca, ele entrou novamente
durante a partida e deixou sua marca. Aos 50 minutos, fez o gol do título e
comemorou nos braços da torcida.
DESTAQUE
GUERRERO, O ARTILHEIRO CAMPEÃO
A disputa do título carioca se encaminhava para os pênaltis,
e Guerrero ainda não tinha conseguido se destacar. Mas aos 39 minutos do
segundo tempo, o peruano mostrou seu faro de matador e marcou, no rebote, o gol
de empate do Rubro-Negro. Foi o décimo dele no Carioca, e ele termina a
competição como o artilheiro. Fechou com chave de ouro um grande início de
temporada.
Comunicação Flamengo
Foto: Gilvan de Souza/ Flamengo
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