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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Queda de braço entre Compesa e prefeitura respinga nos petrolinenses



Os esgotos estourados e a água suja que escorre sem parar são uma cena comum em vários bairros de Petrolina. Em muitas comunidades, o problema não é resolvido por causa do jogo de ’empurra-empurra’ entre Compesa e prefeitura. A população reclama dos transtornos, mas não sabe nem a quem recorrer.
O problema acontece, por exemplo, no Jatobá e Henrique Leite (área central) e em toda área do Dom Avelar (Zona Norte). Segundo o gerente regional da Compesa, Igor Galindo, a prefeitura é responsável pelo esgotamento sanitário dos bairros, mas as obras ainda não foram concluídas.
“No bairro Dom Avelar, que é uma área grande da cidade, o município assumiu o projeto e ficou com todo esse recurso. O contrato ainda está em aberto na prefeitura. A Compesa não pode entrar com uma obra na comunidade, já que existe um mesmo contrato para o local, isso é uma questão jurídica. No Henrique Leite e Jatobá, os serviços não foram concluídos por parte da prefeitura. A Companhia está tentando recuperar o sistema, mas o esgotamento lá é precário”, explicou.
A prefeitura alega que a Compesa não estaria mais repassando a contrapartida das obras, o que estaria prejudicando o andamento dos serviços. No entanto, de acordo com Igor, o valor não foi mais repassado pela Companhia devido à nulidade do contrato de concessão entre as duas instituições.
“Nos locais em que a prefeitura estava fazendo o esgotamento sanitário, existe uma contrapartida que é do município. Essa contrapartida era ressarcida pela Compesa à prefeitura. É um recurso pequeno, em alguns locais chega a 3% do valor financiado. Quando o contrato foi nulo, a Compesa deixou de repassar essa contrapartida porque se não há mais contrato acaba aí a responsabilidade da Companhia”, informou.
Paliativos
Em relação ao bairro São Gonçalo, na Zona Oeste da cidade, o gerente regional explica que a Companhia não opera na comunidade, assim como em outros bairros onde a Compesa oferece apenas um suporte, fazendo paliativos para reduzir os transtornos causados pelos esgotos.
“No São Gonçalo, a rede foi feita pela prefeitura, há coleta, mas o esgoto não tem destino final, nem tratamento. A Compesa hoje dá um apoio ao bairro, mas ela não opera no local. Onde a Companhia não opera, ela também não cobra”, concluiu.

Por Monyk Arcanjo

Fonte Blog do Carlos Britto

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